23 de Agosto de 2018


Mais um dia puxado, muitas coisas pra fazer e outras que ficaram pra amanhã.
Dentro do ônibus a caminho de casa, não quis ouvir música, preferi continuar lendo Os diários de Kerouac.
O calor e as conversas alheias atrapalhavam um pouco a leitura. Tentei me concentrar mas estava difícil.
Deveria ter colocado os fones, apenas para abafar o ruído.
Desisti da leitura e fiquei olhando o caminho pela janela do ônibus.
Observava pessoas bebendo em bares, outras caminhando para suas casas e outras parecendo zumbis, com seus smartphones iluminando o rosto enquanto caminham sem perceber nada ao seu redor. 
Cheguei no terminal e fiquei esperando o terceiro ônibus. Sim, infelizmente esse que aqui escreve, precisa pegar 3 ônibus para ir e voltar para casa, dia após dia.
Já no ônibus, 3 adolescentes riem alto, batem palmas e conversam banalidades.
Parecia que estavam em alguma festa. Não se importavam com nada, e com ninguém.
Nesse mundinho que ainda fede a fralda molhada, eles seguiam ruidosos.
Desejo que meu ponto de parada chegue logo. 
Estou ficando velho, e esses adolescentes andam muito chatos.
Share:

22 de Agosto de 2018


Tenho pensado em escrever de fato um livro. Tenho em mente que ainda não sou capaz de criar uma história fantástica, digna de ser um Best Seller ou algo parecido. Talvez um livro de crônicas ou como dizem, histórias curtas. 
Ainda não sei, mas tenho em mente que irei por esse caminho. Crônicas a meu ver são mais fáceis de escrever e é o tipo de leitura que gosto e tenho lido bastante. Sem contar que o velho Bukowski é o rei das pequenas histórias, e não vou negar que isso tem me inspirado.
Quero algo novo e diferente dos meus textos anteriores, que são bem pessoais e que não pretendo publicar. Mas essas crônicas, publicarei em meu blog e talvez enviar para alguns amigos.
Assim como Kerouac fez em seus diários, irei registrando aqui a evolução (ou não) desse provável/indefinido livro de crônicas.
Preciso de um nome e um personagem para ele.
E logo no início, já estou empacado.

Share:

Um dia de domingo


Um domingo musical. Se é que podemos usar essa expressão.
Começou preguiçoso, sem muitas perspectivas. Nada em mente, a não ser, deixar o domingo sonolento passar, assim como tantos outros.
Fui lavar as louças de sábado. Minha mulher saiu para buscar algo pra comermos e chegou com uma sacola de cervejas.
Sempre sou eu quem busca as cervejas, e hoje, ela me surpreendeu.
Abrimos uma cerveja e começamos a tiras pedaços da carne assada que ela comprou.
Ficamos conversando sobre variedades e acabamos por decidir arrumar sua estante de livros.
Confesso que estava desanimado, mas aos poucos, com a cerveja entrando na minha corrente sanguínea, a disposição apareceu.
Enquanto ia tirando os livros da estante, ela ia limpando cada um. Cuidadosamente, como se fosse objeto raro.
Coloquei uma playlist anos 80 pra tocar. Entre uma música e outra, as lembranças iam surgindo e a gente ia conversando.
Frida como sempre, dormia no sofá. Vez ou outra , mudava de lugar. Não queria saber de nada. A não ser, comer e dormir.
Gatos são engraçados. comem e dormem com uma facilidade fantástica.
O dia continuou assim. Livros, música e cervejas.
O domingo está no fim, mas ao contrário de tantos, não foi apenas mais um domingo.
Esse foi bastante agradável. 
Preciso de mais domingos assim.

Share:

11 de Agosto de 2018


Bukowski dizia que às vezes ficava olhando a folha em branco na máquina de escrever e as palavras não surgiam. Não conseguia escrever aquilo que sentia e muito menos uma crônica. 
Se o velho Buk tinha essa dificuldade, o que dizer desse pobre mortal que aqui escreve agora? E a vida do velho era mais movimentada que a minha. Ou seja, tinha muito mais possibilidades que eu.
Saí da trabalho com o propósito de beber minha cerveja tradicional de sábado e escrever alguma coisa. Comprei minha cerveja, coloquei minha playlist motivacional para rodar e esperei. Enquanto Patti Smith enchia o ambiente com sua voz maravilhosa, abri uma lata e sentei no sofá. Deixei a música invadir meus ouvidos e relaxei enquanto bebia minha Bud gelada. 
Frida deitou do meu lado e pediu carinho. Acho que ela gostou de minha playlist , mas não para escrever, mas as músicas aparentemente a deixaram relaxada e ela dormiu. 
Sentado no sofá, tentava colocar meus pensamentos em ordem e assim escrever bem. Tenho bastante coisa escrita (não que seja um exímio escritor), mas estou gostando muito dessa nova invenção de escrever. Mas não tenho o tempo/espaço/facilidade dos grandes escritores e também não pretendo ser um. 
Quero apenas tirar as coisas da cabeça e deixar registrado em algum lugar e quem sabe, alguém leia algum dia. Vai que eu fique famoso depois da morte. Ráaa. Seria demais. batalhar a vida toda e só ficar rico e famoso Pos Mortem. (Acho que já ví história parecida em algum lugar).
Uma ideia surgiu enquanto Cat Power cantava. E se eu imaginar uma história e escrever um livro? (Faltou aqui aquele emoticon pensativo dos smartphones. ráaaa). 
É interessante. Teoricamente é mais fácil inventar uma história do que escrever sua história. Pelo menos eu acho. Mas é algo que tenho que pensar. 
A tela do computador ficou em branco por tempo demais. Não surgiu nenhum caractere até agora. 
Se fosse alguém como Kerouac, pularia em algum vagão de trem e iria atrás das minhas histórias.
Share:

09 de Agosto de 2018


Não ando conseguindo escrever. As ideias e sentimentos surgem, mas nada sai da cabeça para o papel. Um bloqueio criativo? Não sei. Sinto falta de escrever o que penso, mas os pensamentos às vezes são tantos, que acabam se perdendo.
Ando cansado, o trabalho tem me deixado desanimado. Acabo dormindo cedo e quase não leio como queria.
Espero que seja uma fase. Porque queria escrever mais e mais.

Share: